segunda-feira, 23 de julho de 2012

Organizações ambientais conquistam oito cadeiras no CONSEMA

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Organizações ambientais conquistam oito cadeiras no CONSEMA

Novos conselheiros tomaram posse na quinta-feira e prometeram uma gestão analítica e questionadora
João Andrade
João Andrade do ICV pede para ver processo no CONSEMA, atuação de novos membros impressionou antigos funcionários 
A última reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) de Mato Grosso foi bem diferente do habitual. Nove novas organizações tomaram posse no auditório da OAB e terão mandato por dois anos. Já na primeira reunião do conselho a mudança gerou comentários de funcionários habituados ao antigo ritmo do órgão. “Fazia tempo que esperávamos por essa limpeza aqui no CONSEMA”, diz um técnico da Sema que pediu para não ser identificado.
As novas organizações que fazem parte do quadro são: Comissão Pastoral da Terra (CPT); Ecotrópica – Fundação de Apoio a Vida nos Trópicos; Instituto Ação Verde; Instituto Caracol; Instituto Centro de Vida (ICV); Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); Instituto Floresta de Pesquisa e Desenvolvimento Sustentável; Instituto Socioambiental (ISA) e Organização Razão Social (OROS).
O CONSEMA é um órgão colegiado integrante do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SIMA) e tem como função assessorar, avaliar e propor ao governo de Mato Grosso diretrizes para a política ambiental do estado. “O CONSEMA por anos vinha se atendo a analisar apenas os recursos de multas de crimes ambientais e liberação de EIA/RIMA. Deixou de ser um espaço político e um termômetro do debate socioambiental de Mato Grosso”, diz João Andrade, economista ecológico do ICV. “Queremos resgatar um dos principais objetivos desse conselho e fomentar as discussões sobre políticas públicas de Mato Grosso com a sociedade”, diz.
Edivaldo Belizário Santos, conselheiro da FAMATO, foi revisor de um processo de desmatamento de mais de dois mil hectares incluindo áreas de preservação permanente e vegetação nativa. Ele sugeriu ao conselho acatar o recurso do infrator para o não pagamento da multa. A presença dos novos conselheiros acabou por votar pela manutenção da multa.
“A previsão para os próximos anos é de que todos os processos, sejam de multas ou dispensa de EIA/RIMA, sejam analisados de forma mais embasada. Somos organizações com trabalhos enraizados por todo território mato-grossense, o que garantirá às pessoas e ao meio ambiente deste estado um posicionamento mais coerente”. Diz Amanda Fernandes, 23 anos, a mais jovem representante a ocupar uma cadeira no CONSEMA.
Texto e fotos: Thiago Foresti

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