enviado por HERMAN H OLIVEIRA
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From: herman hudson oliveira <tiohermy@gmail.com>
Date: 2012/7/8
Subject: [FDHT_MT] Adiar o riso de bordões (3)
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Date: 2012/7/8
Subject: [FDHT_MT] Adiar o riso de bordões (3)
Relato de impressões em dois momentos da Cúpula.
ENTRE TENDAS E OUTRAS CONTENDAS
Fragmentos de um não marxista
Nesta atividade autogestionada as críticas feitas ao sistema capitalista se dão em função da força monetária, das finanças e precificação da vida, mercê de um processo de mercantilização como destaque dos debates na atualidade.
Contudo, para além deste processo ou em seu bojo, é que a suprema racionalização em setores diversos da sociedade, patriarcal, diga-se de passagem, significa que o campo sensível, feminino, da emotividade, nunca é resultado ou resulta como componente de discussões na sociedade e entre os movimentos sociais. Portanto, resgatar um movimento revolucionário, emancipatório e crítico, deve se apresentar de maneira inovadora (embora as prospecções deem conta de que essa crítica ao patriarcado não seja nova).
Uma abordagem sobre os fragmentos de Marx que apresenta a atualidade de seu pensamento na relação entre tempo-trabalho-riqueza na crise ou colapso do capitalismo, não obstante sua capacidade de se recompor. Nesta relação o tempo mínimo para dedicação ao trabalho estaria em relação de proporcionalidade com o tempo máximo para a auto realização, mas com um componente de substituição do trabalho manual pelo trabalho mecanizado e, então, o componente de concorrência no campo trabalhista incorpora novas dimensões. Todavia, e de maneira basilar, a “atribuição de valor” (talvez fosse melhor chamar de precificação) que se faz em todas as dimensões da vida não muda em nenhuma configuração política, socioambiental e, obviamente, econômica.
A Educação e a Ambientação
As questões sobre educação ambiental em declarações de diversas gerações de educadores ambientais de diferentes setores e espaços dá-se desde os espaços empresariais, nas apostas em mobilização e discussão política como saída da crise atual, passando por adolescentes que invitam esforços no sentido de viralizar campanhas que possam sensibilizar a opinião pública aumentando o nível de eficiência de campanhas e articulações no campo hiperveloz das redes e mídias sociais.
A forma como todos observam o momento atual tende a oferecer uma visão ao mesmo tempo crítica e compromissada, mas também otimista, embora ainda não saibamos de que maneira é possível fazer a guinada transformando a sociedade antes que esta mesma sociedade sucumba, mercê das formas de uso e permanência neste planeta, formas estas altamente predatórias de ecossistemas e de si mesmos.
Alguns pregam a transformação através do amor universal, outros através de lutas mais intensas, outros ainda asseguram que a modificação ainda é possível no campo da institucionalidade, porém todos são unânimes em dizer que este sistema não tem condições de manifestar e deixar manifestar nossas inquietudes e expressões, necessidades e propostas, em suma, esta estrutura n]ap representa anseios sustentáveis em nenhuma dimensão justamente porque não tem capacidade para suportar as diversas dimensões e formas da vida.
Aquilo que chega até a Cúpula como ressonância da Rio+20 é tomada como e com escárnio pelo fato de que pseudo decisões e metas são representativas do nível de preocupação com as condições dos que sofrem com as transgressões aos direitos difusos, claro, no que diz respeito aos interesses da coletividade, a saber: moradia, ambiente saudável, trabalho digno, energia, segurança alimentar, educação de qualidade, respeito á diferença. O contraponto ao pacote de “felicidade” oferecido a todos (eu disse oferecido) pelo atual sistema econômico são as discussões da Cúpula, ainda que este evento fique, como a população que aqui transita, na invisibilidade e fora do alcance do que se possa chamar de políticas públicas ou mesmo extensão de direitos.
Herman Hudson de Oliveira
GPEA/REMTEA/ICaracol/Formad
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